Libelinha
A ALEGRIA
Por Goethe
Sobre a corrente esvoaça
A libelinha inconstante;
Vejo-a, sigo-a e o tempo passa...
Ora escura, ora brilhante,
É como um camaleão;
Rubra, azul, verde, num instante
Perde as cores e as recupera;
Essas cores, ai! quem me dera
Vê-las bem, aqui na mão!
Zumbe e adeja, buliçosa,
Até que num salgueiro pousa.
Caço-a, mas das cores que havia,
Vejo, ao vê-la atentamente,
Um tristonho azul somente.
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Tal vos sucede, anatomistas da alegria!
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Nicéas Romeo Zanchett
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