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domingo, 12 de janeiro de 2014

DELÍRIO - de Olavo Bilac



D E L I R I O 
De Olavo Bilac 
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia. 
E, em frêmitos carnais, ela dizia: 
 Mais abaixo, meu bem, quero teu beijo! 
Na inconsistência bruta do meu desejo 
Fremente, a minha boca obedecia, 
E os seus seios, tão rígidos mordia, 
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo. 
Em suspiros de gozos infinitos
 Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais baixo, meu bem!? num frenesi. 
No seu ventre pousei a minha boca, 
Mais abaixo, meu bem!? disse ela, louca, 
Moralistas, perdoai!  Obedeci....
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