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quinta-feira, 14 de junho de 2018

O TEMPO E A VIDA por Nicéas Romeo Zanchett

  
O TEMPO E A VIDA 

Pelas paredes do tempo
saudoso pendurei meus sonhos. 
E na minha idade tão vivida
 senti novos sonhos brotarem,
novas esperanças e novo amor. 
Sem esquecer o passado
construí minha saudade e 
vi  sonhos de ontem fugirem.
Um aroma espiritual minh'alma invade.
No salgueiro do seu jardim
vi novos sonhos brotarem.
O sabiá apaioxonado
modula cantos de amor. 
E as rosas do jardim florido
enfeitam meu caminho infantil 
com olhos turvos de ternura e deleite.
Lábios rubros,
lábios sensuais,
lábios sedutores.
Sinto a embriagues da paixão
e minh'alma excita meu corpo.
O prazer de viver volta e me invade 
em leito de glória e tesão. 
Nessa vida que tão breve passa
voa o tempo para os amantes.
Pitangueiras e chorões me dão saudade
do mundo de outrora esquecido.
Na abençoada manhã de prazer, 
o gosto de furtivo beijo, beijo de amantes.
De corpo e alma mergulho no gozo.
Prazer de amantes
nesta cama improvisada e passageira,
cama de amantes
minh'alma bem aventurada
 descansa livre e serena.
Nas frescas manhãs de primavera
quando o orvalho cobre as folhas
quero-a dormindo entre meus braços 
até o sol acordar e brilhar sobre a relva
 que derrete em verdes plantas.
A lua chora feliz quando beijo seus olhos, 
num mundo real repleto de gozos.
No céu azul desmaiam as estrelas; 
 e a névoa desdobra o manto da noite.
Entre sombras e luzes que se fundem 
despertam avezinhas gentis.
E o relinchar dos felizes corcéis
que correm pelos campos verdejantes
com o brilho do esplendor luzidio.
Os anjos ainda velam seu sono
neste trono de relva e luar.
Seu corpo alvo e sedoso
 enlouquece meu desejo
de tocar, acariciar, beijar, sentir e amar.

Nicéas Romeo Zanchett 

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