NATAL
Jesus nasceu! Na abobada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...
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Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na Cruz.
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Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.
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Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes,
Foi para os pobres seu primeiro olhar.
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No entanto, os três reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presépio os guia,
Vieram cobrir de perfumes e flores
O chão daquela pobre estrebaria.
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Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo
Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal!
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Natal! Natal! Em toda a Natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve, Deus da Humanidade e da pobreza,
Nascido numa pobre estrebaria!
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Olavo Bilac, nesta poesia escrita para ser lida por jovens meninos e meninas, canta numa forma muito simples, porém de incontestável beleza, o espetáculo do nascimento de Jesus Cristo.
Pesquisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett
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