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segunda-feira, 14 de abril de 2014

INDIFERENÇA - Por João de Deus


INDIFERENÇA 
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Ora diz-me a verdade: 
Tu já sentiste por mim 
Uma sombra de saudade
De amor, de ciume; emfim, 
Uma impressão que indicasse 
Haver em teu coração 
Fibra, corda que vibrasse 
À minha recordação? 
.
Parece, mas o contrário; 
Sim, o que eu devo supor 
É deserto e solitário
O teu coração de amor! 
Não digo por outra; invejo
Talvez a sorte de alguém...
Mas o que eu seu, o que eu vejo, 
É que me não queres bem! 
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