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É a última rosa
Do verão, sozinha;
Nenhuma outra resta
Formosa e vizinha,
Nenhuma irmã sua
Ou botão de rosa
Responde aos suspiros
que exala, formosa.
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Não quero deixar-te
Sozinha a florir:
Tuas irmãs dormem,
Vai também dormir.
Por isso eis que espalho
Tuas folhas no chão,
Onde as irmãs tuas
Já mortas estão.
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Tão breve eu vá quando
Os que amo fugirem,
E do anel do amor
As joias caírem.
Caídos os que ama
No sonho profundo,
Quem habitaria
Sozinho este mundo?
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