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A NELSON por Bocage
Precavendo os vai-e-vens da instável sorte,
E do britano herói zelando a glória,
Sem mancha, sem desar, dá-lo á memória
Pelas ondas fatais jurou Movarte:
Nelson! Raio do sul! Raio do Norte!
Crestas na lide ao galo e ovante história
Do horror a par de ti surge a vitória;
E louros imortais de cinge a morte.
Não com dor, não com ais e trácio nume
No toro funeral te vê lançado,
Em teus olhos extinto e márcio lume;
Vai (diz) folgar no Olimpo, aluno amado;
O triunfo até aqui foi teu costume,
Do que era teu costume eu fiz teu fado.
Pesquisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett

