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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

LENDO A ILÍADA - Por Olavo Bilac

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Ei-lo, o poema de assombros, céu cortado
De relâmpagos, onde a alma potente
De Homero vive, e vive eternizado
O espantoso poder da argiva gente. 
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Arde Troia... De rastos passa atado
O herói ao carro do rival, e, ardente, 
Bate o sol sobre um mar ilimitado
De capacetes e de sangue quente. 
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Mais que as armas, porém, mais que a batalha, 
Mais que os incêndios, brilha o amor que ateia
O ódio e entre os povos a discórdia espalha: 
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- Esse amor que ora ativa, ora asserena
A guerra, e o heroico Páris encadeia
Aos curvos seios da formosa Helena. 
Olavo Bilac 
Atualização: Nicéas Romeo Zanchett 




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