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domingo, 23 de novembro de 2014

A SOMBRA DO QUADRANTE - Por Eugênio de Castro

PARA PENSAR NA VIDA QUE LEVAMOS 
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Murmúrio d'água na clepsidra gotejante, 
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante, 
Leve sombra azulando a pedra do quadrante.
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...
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Homem que fazes tu? Para que tanta lida, 
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça; 
Procuremos somente a Beleza, que a vida 
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som d'água ou de bronze e uma sombra que passa...
NOTA: Nesta obra, que até parece ter iluminação divina, Eugênio de Castro nos faz refletir sobre o mundo consumista em que vivemos. Vale apena acumular tanto poder e dinheiro, se brevemente deixaremos nossa matéria e voltaremos a ser simples anergia cósmica?
Nicéas Romeo Zanchett 

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